Início | Notícias | Governador conhece projeto conceitual da Cidade da Ciência e do Conhecimento

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03 AGO

O governador Antônio Anastasia recebeu no Palácio Tiradentes o arquiteto Jaime Lerner que apresentou o conceito inicial do projeto arquitetônico da Cidade da Ciência e do Conhecimento, a ser construída na capital mineira. Acompanhado pelo secretário Narcio Rodrigues, Lerner apresentou ainda o projeto urbanístico e arquitetônico da Cidade das Águas – Unesco – Hidroex, sediado em Frutal, no Triângulo Mineiro.

A Cidade da Ciência e do Conhecimento será um ambiente para produção de pesquisa, criação de tecnologias, desenvolvimento da ciência, geração e aplicação do conhecimento, em um espaço urbanístico que privilegia o meio ambiente e patrocina a inovação.  A proposta vai transformar a região Leste de Belo Horizonte.

Durante o encontro, o governador ressaltou a importância de ambientes que fomentem a pesquisa e compartilhem o conhecimento. “Através desses projetos, podemos ser um celeiro de novas idéias. Nós, mineiros, somos muito ciosos do nosso capital humano, da qualidade das nossas universidades, da nossa gente e da nossa instrução. Acredito que a Cidade da Ciência e do Conhecimento será um belo cartão de visitas. Mais do que isso, vai oferecer àqueles que lá irão trabalhar e estudar uma melhoria muito grande nas suas condições para avançarem ainda mais no século do conhecimento, que é o século XXI”, afirmou.

A Cidade vai convergir atividades de ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento em uma mesma região, em especial os bairros Cidade Nova e Horto. A iniciativa tem o objetivo de criar interações entre instituições como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Instituto Agronômico, a Incubadora de Empresas Habitat (Biominas), o Jardim Botânico/Museu de História Natural e o Plug Minas - Centro de Formação e Experimentação Digital.

“O importante é que todas as unidades tenham diálogo e possam ser estimuladas no processo de criação do conhecimento, da idéia. Essa unidade vai propiciar esse encontro fundamental, porque todos passarão por ali e terão uma visão dos conhecimentos, de como se faz a difusão de ideias e a sua discussão. O espaço vai catalisar a criatividade, e o que permite isso é o estar juntos. É isso que estamos propiciando”, explicou Lerner.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, afirmou que os recursos para as obras já estão garantidos. Serão R$ 50 milhões para novas instalações da Fapemig, que já estão em construção. A primeira fase da implantação da nova sede da UEMG que também fará parte do complexo, custará cerca de R$ 80 milhões. Nas intervenções urbanísticas de integração entre as diversas organizações serão investidos R$ 40 milhões, totalizando mais de R$ 170 milhões. A intenção, segundo o secretário, é que as obras estejam finalizadas até o início da Copa do Mundo de 2014, como um presente para a sociedade de Minas Gerais.

“É um bem extraordinário, é um pulmão que Belo Horizonte tem. O grande marco da Cidade da Ciência e do Conhecimento não é só integrar instituições, é se abrir para a comunidade, para a população, para que as pessoas usem o espaço não só para a produção e a divulgação do conhecimento, a realização de pesquisa, mas também para a convivência”, disse o secretário.

Cidade das Águas

Anastasia recebeu também o projeto arquitetônico e urbanístico final da Cidade das Águas. Instalada em Frutal, no Triângulo Mineiro, a Cidade das Águas é um centro de estudos e referência para conservação do patrimônio hidrológico da América Latina e das nações africanas de língua portuguesa. O local já abriga o Centro Internacional de Educação Capacitação e Pesquisa Aplicada em Água (Hidroex) e a Uemg.

O complexo será formado por um condomínio de 16 universidades e organismos oficiais voltados para o tema água. Além da UEMG, integrarão a Cidade das Águas a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), a PUC Minas e oito universidades federais – de Minas Gerais (UFMG), Lavras (Ufla), Viçosa (UFV), Ouro Preto (Ufop), Uberlândia (UFU), Uberaba (UFTM), Itajubá (Unifei) e Alfenas (Unifal). Também farão parte a Agência Nacional de Águas (ANA), Embrapa, Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam), Emater e Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).

“O nosso objetivo arquitetônico e urbanístico aqui é dar espaço ao que a água vai representar. Muitos lugares podem querer ter um espaço destinado às águas, mas foi aqui em Minas que houve a ação política efetiva para isso. Esse projeto vai se tornar referência não só para o Brasil, mas para todo o mundo”, elogiou Lerner.

A Cidade das Águas foi criada por iniciativa do Governo de Minas com o apoio da Unesco. O Governo de Minas e o Governo Federal já investiram R$ 50 milhões na consolidação do conglomerado. A previsão é de investimentos de mais R$ 80 milhões nos próximos dois anos, totalizando R$ 130 milhões.